6th May 2025

Sabores do Touro Bravo ou Sabores do Escândalo?

Ora aí está, mais uma edição dos afamados Sabores do Touro Bravo, esse festival gastronómico que promete todos os anos trazer o melhor da tradição à mesa — mas, como vem sendo hábito, também traz à superfície o pior dos bastidores.

Este ano, o burburinho todo não foi provocado por um prato demasiado salgado ou uma bifana mal passada. Não senhor. A verdadeira “iguaria” servida ao povo veio sob a forma de mexerico bem quente, cozinhado longe dos olhos do público mas servido com fartura nas conversas de café.

Ao que parece, uma das tasquinhas do certame tornou-se palco de um momento… digamos… menos gastronómico. Durante uma vistoria surpresa, um inspector da organização terá surpreendido dois elementos da equipa envolvidos numa actividade que, embora envolvesse suores e movimentos rítmicos, estava longe de ter a ver com tachos ou temperos. A descrição mais generosa que se ouviu foi “actividade extra-culinária”, embora os presentes tenham usado termos menos diplomáticos.

Alguns dizem que era apenas um descanso merecido entre turnos — o que, a julgar pelo entusiasmo relatado, deve ter sido o mais revigorante dos intervalos. Outros juram que ouviram mais gemidos do que panelas e tachos a bater. E depois há os que se mantêm em silêncio, mas que piscam o olho com aquele ar de “já sabia que aquilo andava a ferver há semanas”.

A verdade é que a barraca foi desmontada discretamente, sem grandes alaridos, mas como em Coruche nada se esconde por muito tempo, a história já circula com várias versões, cada qual mais apimentada que a anterior.

E assim se prova mais uma vez: nos Sabores do Touro Bravo, nem tudo o que se cozinha vem da cozinha.